Revisitando os fragmentos de Schlegel e Novalis em Blüthenstaub (2016), o artigo busca apreender o processo de ontologização que a argumentação kantiana relativa ao juízo estético sofre, quando assimilado por Schlegel e Novalis. Para isso, lemos a “Analítica do belo”, da Kritik der Urteilskraft (1974b), de modo a depreender como a estrutura ética do juízo estético, em Kant sugerida apenas pela cláusula do como-se, ganha em Novalis e Schlegel uma interpretação ontológica. Assim, desenvolvemos a figura do Juízo Infinito, conceito com (...) que buscamos circunscrever o triplo movimento pelo qual Schlegel e Novalis fundamentam ontologicamente a estrutura ética do juízo estético. (shrink)

We attempt to offer a new interpretation of Schlegel’s original solution for the problem of the new mythology. We claim that, while grasping the problem of the missing center as the structure of modern thought, Schlegel develops a theory of literature which implies an ontology of time. We advance that, by identifying myth with romantic literature, Schlegel’s argumentative economy leads him to apply the metaphysical predicates of myth to romantic literature as such. We propose then to read the status of (...) literary forms as constituting the substance which precedes them but, paradoxically, only exists through them. (shrink)

During 2018, as part of a research project funded by the Deviant Practice Grant, artist Bruno Moreschi and digital media researcher Gabriel Pereira worked with the Van Abbemuseum collection (Eindhoven, NL), reading their artworks through commercial image-recognition (computer vision) artificial intelligences from leading tech companies. The main takeaways were: somewhat as expected, AI is constructed through a capitalist and product-focused reading of the world (values that are embedded in this sociotechnical system); and that this process of using AI (...) is an innovative way for doing institutional critique, as AI offers an untrained eye that reveals the inner workings of the art system through its glitches. This paper aims to regard these glitches as potentially revealing of the art system, and even poetic at times. We also look at them as a way of revealing the inherent fallibility of the commercial use of AI and machine learning to catalogue the world: it cannot comprehend other ways of knowing about the world, outside the logic of the algorithm. But, at the same time, due to their “glitchy” capacity to level and reimagine, these faulty readings can also serve as a new way of reading art; a new way for thinking critically about the art image in a moment when visual culture has changed form to hybrids of human–machine cognition and “machine-to-machine seeing”. (shrink)

Trata-se de estudo bibliográfico pelo qual analisamos a pesquisa na educação física em torno da perspectiva de reaproximação da epistemologia com a teoria do conhecimento. Analisamos que as pesquisas devem pressupor a práxis e a dialética, sendo que à luz destas devem abordar os problemas do conhecimento, da história e da realidade, também pressupondo o materialismo histórico dialético enquanto epistemologia e o socialismo enquanto projeto histórico. A pesquisa em educação física deve reverter o seu circuito de conhecimento, superando os modelos (...) hegemônicos, assim como o avançar na passagem das questões instrumentais, técnicas e metodológicas para as teóricas e epistemológicas. (shrink)

Resumo: Este artigo objetiva realizar uma interpretação do terceiro capítulo do livro O Anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, denominado ‘Selvagens, Bárbaros, Civilizados’. Para tanto, serão reconstituídos, de início, alguns dos conceitos fundamentais dos capítulos anteriores, tais como processo esquizofrênico, produção desejante, máquinas sociais e as três sínteses do inconsciente. Em seguida, as três máquinas sociais - a primitiva, a despótica e a capitalista - serão expostas em seu funcionamento, mostrando as configurações específicas entre desejo e socius que lhes são próprias, (...) bem como os regimes e representações que as caracterizam. Pretende-se, com essa apresentação, ressaltar as respostas que Deleuze e Guattari dão aos dois grandes problemas abordados em sua tipologia histórico-materialista das máquinas sociais: (i) ‘como Édipo se tornou possível?’ e (ii) ‘como se pode desejar a sua própria servidão?’ Por fim, conclui-se esboçando as relações, dentro da perspectiva crítica dos autores, entre psicanálise, reprodução familiar e capitalismo.Palavras-chave: Desejo, produção, máquina, psicanálise, história. (shrink)

Este artigo, um recorte de pesquisa de Doutorado, objetiva desvelar as percepções de 208 professores de filosofia do Paraná no sentido de buscar evidenciar quais seriam as especificidades da disciplina de filosofia em relação a outras disciplinas do currículo. Inicialmente, disserta-se sobre a intermitência da disciplina de Filosofia no currículo da Educação Básica, com base em Deleuze e Guattari (2010), os quais demarcam o entendimento da filosofia como criação de conceitos. Em seguida, fundamentado em Rodrigues e Gelamo (2019), entre outros (...) autores, reflete-se sobre o modo de compreender a filosofia, que pode oscilar entre uma compreensão enciclopédica com base na memorização dos sistemas filosóficos e experiência filosófica. Por fim, por meio da análise de conteúdo de Bardin (2016), a seguinte questão de um questionário que envolvia outras dez foi analisada: “Você acredita que a filosofia proporciona espaços ou momentos diferenciados em relação aos das outras disciplinas? Se sim, no que ela se diferencia?”. Das respostas dos 208 docentes, emergiram as seguintes categorias: criar conceitos, espaço para o debate/reflexão de ideias, possibilidade da experiência filosófica e superar o senso comum. Os resultados apontam, assim, em um sentido de que a disciplina de filosofia não deve limitar-se a um conhecimento enciclopédico, mas, sim, trata-se de um conhecimento que se relaciona com o cotidiano de seus interlocutores. Faz-se necessário, porém, um saber valorizar adequadamente a história da filosofia, pois, ao valorizar demais a história da filosofia, pode-se incorrer a um ensino meramente descritivista; contudo, ao não valorizar a história da filosofia, pode-se debruçar em discussões sem conteúdo filosófico. (shrink)

This article reviews Bergson’s proposed solution to the classical mind-body problem, confronting his system with previous alternatives, but mainly Kant's. To this end, it offers an analysis of Matter and memory’s main argument, aimed at discerning its consequences for a competing definition of knowledge.

The scarcity of transitional forms in the geological record was a problem concerning 19th-century transmutation species theories. According to Charles Robert Darwin (1809-1882), it was perhaps the most serious objection to his proposed theory in the several Editions of The Origin of Species, departing 1859. Although Darwin and other scholars proposed explanations, this problem persisted until the 20th century in the Modern Synthesis. In the 1970s, two American palaeontologists, Niles Eldredge and Stephen Jay Gould (1941-2002), presented the punctuated equilibrium hypothesis (...) as an alternative to the gradualism that Darwin and the Modern Synthesis admitted. This paper aims to discuss the proposal of the punctuated equilibrium. In addition, the foundation Gould and Eldredge gave and how the scientific community reacted to it. The analysis showed that punctuated equilibrium complemented Darwin's proposal and the Modern Synthesis. Thus, criticisms such as opposition to these ideas are unjustified. The authors sought to base their hypothesis on evidence from their and other authors' investigations. The reactions to the proposal varied during the period studied (1972-1993). Still, it got more accepted among palaeontologists and met with more significant restrictions among those who dedicated themselves to genetics, mainly to population genetics. (shrink)

Por longo tempo, Simondon foi um autor desconhecido, tanto na França quanto fora dela. Este Glossário Simondon, escrito por Jean-Hugues Barthélémy e publicado no volume 16 (2015) da revista Appareil, significou um marco nos estudos da filosofia simondoniana pela precisão analítica e pelo amplo escopo da sua síntese didática. Apresentando, sob a forma de verbetes, cinquenta entradas possíveis no labirinto nocional de Simondon, e tendo como objetivo mapear as mais importantes referências textuais assim como os encadeamentos argumentativos fundamentais, o Glossário (...) aqui traduzido em língua portuguesa torna ainda mais acessível para todo um público uma obra que vem ganhando grande relevância nos debates filosóficos das últimas décadas. (shrink)

Este artigo visa descrever sumariamente a forma e os resultados da participação do Grupo Hegel e o Idealismo Especulativo (GHIE) nos VI e VII Leituras da Lógica de Hegel 2022 e 2023 (VI e VII LLH). A motivação de elaborá-lo foi relatar os resultados positivos alcançados, em especial, devido a continuação do novo formato de estudo e pesquisa adotado pelo GHIE, a partir do IV Leituras da Lógica de Hegel 2020 – Homenagem aos 250 anos de nascimento de Hegel: Stuttgart (...) 1770 – 2020 (IV LLH). Tais resultados foram: (1) os próprios seminários apresentados no GHIE, que foram gravados, bem como as apresentações nos VI e VII LLH; (2) os textos do VI LLH, publicados no livro no livro Ser Para Si: Dialética entre Idealidade e Realidade (organizado por A. Bavaresco, J. Tauchen, J. S. Jung; Porto Alegre, Editora Fundação Fênix, 2022), e os textos do VII LLH, publicados nesta revista, do qual este artigo faz parte; (3) a formação (Bildung) dos participantes, em especial, devido ao novo formato; (4) a continuidade de uma nova forma de proceder com os estudos e as pesquisas no GHIE, estabelecida desde sua participação no IV LLH. Aqui os dois últimos itens são destacados, principalmente devido aos resultados obtidos: (1) um profundo e intenso estudo e pesquisa do texto em questão pelos autores das apresentações; (2) a aquisição de mais autonomia e mais maturidade por esses autores; (3) um aprendizado e formação mais profundos dos participantes das apresentações (autores e comentadores); (4) o exercício de se trabalhar com diversas interpretações e buscar certa unidade; e (5) a continuidade pelo GHIE de uma nova forma de estudo e pesquisa, que foi incorporada e passou a influenciar as seguintes, em especial, quanto à participação nos VI e VII LLH. Portanto, estabeleceu-se e consolidou-se uma nova dinâmica, devido a todos essesresultados positivos elencados. (shrink)

In their article “Implementing Expanded Prenatal Genetic Testing: Should Parents Have Access to Any and All Fetal Genetic Information?” Bayefsky and Berkman briefly mention that: “[s]ome are...

The literature on deep brain stimulation (DBS) and adaptive DBS (aDBS) raises concerns that these technologies may affect personality, mood, and behavior. We conducted semi-structured interviews with researchers (n = 23) involved in developing next-generation DBS systems, exploring their perspectives on ethics and policy topics including whether DBS/aDBS can cause such changes. The majority of researchers reported being aware of personality, mood, or behavioral (PMB) changes in recipients of DBS/aDBS. Researchers offered varying estimates of the frequency of PMB changes. A (...) smaller majority reported changes in personality specifically. Some expressed reservations about the scientific status of the term ‘personality,’ while others used it freely. Most researchers discussed negative PMB changes, but a majority said that DBS/aDBS can also result in positive changes. Several researchers viewed positive PMB changes as part of the therapeutic goal in psychiatric applications of DBS/aDBS. Finally, several discussed potential causes of PMB changes other than the device itself. (shrink)

When considering the question, “Is it just for a [genetic] screening program to give people all the information they want?” it is first necessary to understand how the information is being presente...

The expansion of research on deep brain stimulation (DBS) and adaptive DBS (aDBS) raises important neuroethics and policy questions related to data sharing. However, there has been little empirical research on the perspectives of experts developing these technologies. We conducted semi-structured, open-ended interviews with aDBS researchers regarding their data sharing practices and their perspectives on ethical and policy issues related to sharing. Researchers expressed support for and a commitment to sharing, with most saying that they were either sharing their data (...) or would share in the future and that doing so was important for advancing the field. However, those who are sharing reported a variety of sharing partners, suggesting heterogeneity in sharing practices and lack of the broad sharing that would reflect principles of open science. Researchers described several concerns and barriers related to sharing, including privacy and confidentiality, the usability of shared data by others, ownership and control of data (including potential commercialization), and limited resources for sharing. They also suggested potential solutions to these challenges, including additional safeguards to address privacy issues, standardization and transparency in analysis to address issues of data usability, professional norms and heightened cooperation to address issues of ownership and control, and streamlining of data transmission to address resource limitations. Researchers also offered a range of views on the sensitivity of neural activity data (NAD) and data related to mental health in the context of sharing. These findings are an important input to deliberations by researchers, policymakers, neuroethicists, and other stakeholders as they navigate ethics and policy questions related to aDBS research. (shrink)

This article addresses the role of application programming interfaces for integrating data sources in the context of smart cities and communities. On top of the built infrastructures in cities, application programming interfaces allow to weave new kinds of seams from static and dynamic data sources into the urban fabric. Contributing to debates about “urban informatics” and the governance of urban information infrastructures, this article provides a technically informed and critically grounded approach to evaluating APIs as crucial but often overlooked elements (...) within these infrastructures. The conceptualization of what we term City APIs is informed by three perspectives: In the first part, we review established criticisms of proprietary social media APIs and their crucial function in current web architectures. In the second part, we discuss how the design process of APIs defines conventions of data exchanges that also reflect negotiations between API producers and API consumers about affordances and mental models of the underlying computer systems involved. In the third part, we present recent urban data innovation initiatives, especially CitySDK and OrganiCity, to underline the centrality of API design and governance for new kinds of civic and commercial services developed within and for cities. By bridging the fields of criticism, design, and implementation, we argue that City APIs as elements of infrastructures reveal how urban renewal processes become crucial sites of socio-political contestation between data science, technological development, urban management, and civic participation. (shrink)

Preimplantation genetic testing for polygenic disorders (PGT-P) has been commercially available since 2019. PGT-P makes use of polygenic risk scores for conditions which are multifactorial and are significantly influenced by environmental and lifestyle factors. If current predictions are accurate, then absolute risk reductions range from about 0.02% to 10.1%, meaning that between 10 and 5,000 in vitro fertilization patients would need to be tested with PGT-P to prevent one offspring from becoming affected in the future, depending on the condition and (...) the number of embryos available. Survey and interview data reveal that patients and the public have largely favorable views regarding the use of PGT-P for disease prevention; however, clinicians and professional organizations have many reservations. The use of PGT-P raises multiple social and ethical concerns including the need for adequate counseling, the setting of realistic expectations, the application of distributive justice, the impact of environmental and social determinants of health, and the potential exacerbation of health inequities. Clinicians expressed significant concerns relating to the cost of PGT-P, the potential time-consuming counseling for reproductive endocrinologists and genetic counselors, the intentional creation of supernumerary embryos, and patients’ unrealistic expectations regarding “healthiest disease-free” embryos. Furthermore, current evidence lacks long-term outcome data and generalizability. Prior to offering PGT-P to patients, additional clinical validation studies are needed. Also, ethical and social considerations raised by PGT-P should be carefully delineated. Systemic practices to increase equitable access to unbiased genetic counseling and reproductive services would be desirable prior to the ethical implementation of PGT-P. (shrink)

Source: "This book addresses the fundamentals of machine ethics. It discusses abilities required for ethical machine reasoning and the programming features that enable them. It connects ethics, psychological ethical processes, and machine implemented procedures. From a technical point of view, the book uses logic programming and evolutionary game theory to model and link the individual and collective moral realms. It also reports on the results of experiments performed using several model implementations. Opening specific and promising inroads into the terra (...) incognita of machine ethics, the authors define here new tools and describe a variety of program-tested moral applications and implemented systems. In addition, they provide alternative readings paths, allowing readers to best focus on their specific interests and to explore the concepts at different levels of detail. Mainly written for researchers in cognitive science, artificial intelligence, robotics, philosophy of technology and engineering of ethics, the book will also be of general interest to other academics, undergraduates in search of research topics, science journalists as well as science and society forums, legislators and military organizations concerned with machine ethics.". (shrink)

The capacity of next-generation closed-loop or adaptive deep brain stimulation devices to read and write shows great potential to effectively manage movement, seizure, and psychiatric disorders, and also raises the possibility of using aDBS to electively modulate mood, cognition, and prosociality. What separates aDBS from most neurotechnologies currently used for enhancement is that aDBS remains an invasive, surgically-implanted technology with a risk-benefit ratio significantly different when applied to diseased versus non-diseased individuals. Despite a large discourse about the ethics of enhancement, (...) no empirical studies yet examine perspectives on enhancement from within the aDBS research community. We interviewed 23 aDBS researchers about their attitudes toward expanding aDBS use for enhancement. A thematic content analysis revealed that researchers share ethical concerns related to safety and security; enhancement as unnecessary, unnatural or aberrant; and fairness, equality, and distributive justice. Most researchers felt that enhancement applications for DBS will eventually be technically feasible and that attempts to develop such applications for DBS are already happening. However, researchers unanimously felt that DBS ideally should not be considered for enhancement until researchers better understand brain target localization and functioning. While many researchers acknowledged controversies highlighted by scholars and ethicists, such as potential impacts on personhood, authenticity, autonomy and privacy, their ethical concerns reflect considerations of both gravity and perceived near-term likelihood. (shrink)

O presente estudo é baseado nas epistemologias das encruzas, domínio de Exu [Eshu ou Èṣù], senhor das linguagens, princípio cosmológico e princípio de comunicação, conforme se diz nas tradições iorubanas tanto em África como na sua diáspora. Seu objetivo central é refletir sobre o silêncio de Exu como linguagem de resistência e como meio de sua multiplicação nas culturas negras diaspóricas. É a partir de tais epistemologias que Exu é concebido como princípio cosmológico e animador da existência dos seres e (...) do cosmo. As tradições iorubanas são constituídas por tais epistemologias, e foram os iorubas que as trouxeram para estas outras margens do Atlântico Sul, onde Exu se multiplicou, constituindo outros modos e significações. Esta é a razão pela qual surgiu o interesse em refletir sobre a dispersão dessa deidade nas terras localizadas nas outras margens do Atlântico Sul. Em síntese, trata-se de um estudo decolonial em que se busca ouvir o silêncio imposto aos povos subjugados pelo colonialismo europeu. (shrink)

This book addresses the fundamentals of machine ethics. It discusses abilities required for ethical machine reasoning and the programming features that enable them. It connects ethics, psychological ethical processes, and machine implemented procedures. From a technical point of view, the book uses logic programming and evolutionary game theory to model and link the individual and collective moral realms. It also reports on the results of experiments performed using several model implementations. Opening specific and promising inroads into the terra incognita (...) of machine ethics, the authors define here new tools and describe a variety of program-tested moral applications and implemented systems. In addition, they provide alternative readings paths, allowing readers to best focus on their specific interests and to explore the concepts at different levels of detail. Mainly written for researchers in cognitive science, artificial intelligence, robotics, philosophy of technology and engineering of ethics, the book will also be of general interest to other academics, undergraduates in search of research topics, science journalists as well as science and society forums, legislators and military organizations concerned with machine ethics. (shrink)

Este artigo é resultado de um processo coletivo, desencadeado entre os meses de maio e agosto de 2022, na disciplina Práticas de ensino de filosofia: programas de ensino, no segundo quadrimestre de 2022, no curso de licenciatura em filosofia da Universidade Federal do ABC (UFABC). Encerrada a disciplina e a proposta de criação de um fichário para ensino de filosofia, consideramos a relevância de transformar esse processo em um artigo, a fim de, em primeiro lugar, mostrar os fundamentos que orientaram (...) o desenvolvimento da proposta e, em segundo lugar, compartilhar com a comunidade interessada os fichários desenvolvidos, seu propósito de oferecer mais uma ferramenta para o ensino de filosofia e fomentar, inclusive, a continuidade deste trabalho que está em aberto. (shrink)

A partir de uma leitura de Carl Schmitt proposta por Jacques Derrida, interroga-se, neste artigo, a arquitetura conceitual moderna que organiza em sistema as noções de “poder”, “Estado”, “política” e “direito”. Em seu Políticas da amizade, Derrida desenvolve a tese segundo a qual uma importante tradição intelectual ocidental, cujo ponto de cumeada é a obra de Schmitt, teria sido responsável por tentar isolar o “sentido” do político por meio de uma teleologia da inimizade. Ele mostra, assim, que esta teleologia é (...) atravessada por contradições insuperáveis, e que o projeto de uma fenomenologia do político é fatalmente um fracasso. Nós acrescentaremos uma camada suplementar a esta crítica de Derrida. Lendo os textos que gravitam ao redor de O nomos da terra, o opus magnum de Schmitt, exploraremos a partilha moderna entre duas escalas de violência. A primeira, organizada por um direito público europeu, é aquela que conheceu uma política centrada no Estado e em seu povo. A segundo, marcada por uma violência sem limites, é aquela cujo fim é a apropriação completa de terra e corpos descobertos no Novo Mundo. Nós argumentamos que a política dependia ali não somente de uma teleologia contraditória, mas também de uma descarga de sua pulsão de aniquilação. (shrink)

Após a conclusão do curso de medicina psiquiátrica em Lyon, em 1951, Fanon foi acolhido no hospital Saint Alban, para um aprofundamento dos estudos psiquiátricos, tendo ali, trabalhado e pesquisado sob a supervisão do psiquiatra espanhol Francesc Tosquelles, onde praticou os fundamentos da psicoterapia institucional, desenvolvida por Tosquelles e seus colaboradores naquele hospital. Mais tarde, na Argélia, Fanon atuou no hospital de Blida-Joinvile e, posteriormente, na Tunísia, introduzindo reformas, à luz da psicoterapia institucional. A concepção de ser humano que cultivava (...) e a compreensão de que a sociedade doente produz pessoas doentes, levaram-no a um profundo conflito, à medida em que foi tomando consciência da violência do colonialismo francês contra o povo argelino, conforme relatou na carta de demissão que enviou ao Ministro Residente, Robert Lacoste, em 1956. Após o pedido de demissão, adentrou o movimento de libertação da Argélia. Escreveu livros e artigos combatendo o colonialismo e difundindo os ideais revolucionários. Van Renssalaer Potter, por longo tempo atuou como biólogo e bioquímico no MacArdle Laboratory for Cancer Research, na Universidade de Winsconsin, na cidade de Madison, onde doentes de câncer eram tratados. Na década de 1970, publicou um livro seminal, Bioética, ponte para o futuro. Anos depois, publicou estudos de Bioética Global. Mais tarde, articulou conceitos de Bioética Profunda. Preocupado com a sobrevivência humana neste planeta, atacado pela irresponsabilidade humana, Potter conclamou a humanidade à tomada de consciência e mudança de condutas. Comparando-se os dois autores, observa-se que os escritos de Fanon foram produzidos na década de 1950, sendo que seu último livro, Os Condenados da Terra, foi escrito em 1961. Potter, por sua vez, escreveu os primeiros estudos de bioética na década de 1970, cerca de uma década após o falecimento de Fanon. Respeitados os limites cronológicos, este estudo se pergunta: A dialética da medicina como política e da política como medicina, na práxis de Fanon, teria sintonias bioéticas? Para enfrentar este problema, o trabalho contextualiza a formação de Fanon, identificando os princípios da práxis médico-psiquiátrica dele. Em seguida, demonstra-se as contradições do colonialismo, identificando uma dialética da medicina como política e da política como medicina. Adiante, informa-se a contribuição de Van Rensselaer Potter, na proposição da bioética. Finalmente, argumenta-se a favor das sintonias bioéticas presentes nas passagens selecionadas. O procedimento metodológico é a pesquisa bibliográfica, analítico-dedutiva. Palavras-chave: Colonialismo. Consciência. Medicina. Política. Sintonias bioéticas. (shrink)

Este artigo é um recorte de uma pesquisa desenvolvida no mestrado entre os anos de 2016 e 2017 numa comunidade quilombola denominada Queimadas, que se localiza no sertão baiano, na zona rural do Município de Guanambi. A referida pesquisa teve como objetivo investigar a transmissão dos pertencimentos étnicos entre as diferentes gerações que ali se encontram. Para tanto, o método utilizado foi a etnografia, com o emprego de entrevistas, observações e narrativas em história oral de vida. Nessa investigação ficou evidente (...) que os quilombolas de Queimadas lançam mão de variadas estratégias de transmissão dos pertencimentos étnicos, que vão desde o casamento, a manutenção da terra, a organização espacial do território, a transmissão oral de tradições, costumes e cultura, dentre muitos outros. Assim, eles conseguiram, no decorrer de mais de cem anos, preservar os pertencimentos étnicos e a harmonia da comunidade e tudo isso só foi possível porque são um coletivo que protege a terra, a família e a ancestralidade do grupo cotidianamente, de geração em geração. Palavras-chave: Quilombo; Etnicidade Geracional; Ancestralidade Étnica. (shrink)

O genocídio indígena esteve presente na ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), assim como em todos os períodos após as invasões portuguesas de 1500. A partir do uso dos ideais coloniais e da estrutura capitalista, as políticas de desenvolvimentismo com as invasões às terras indígenas culminaram no genocídio que foi protagonizado pelo Exército Brasileiro. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, mais de 8.350 indígenas foram mortos durante o período de 1946 a 1988, número este que pode ser bem maior, dado que o (...) levantamento da CNV contabilizou apenas 10 povos –, dentre eles, 2.650 do povo Waimiri Atroari. O principal evento em que as mortes dos Waimiri Atroari ocorreram foi a construção da BR-174 que liga Manaus a Boa Vista. A Comissão Nacional da Verdade, estabelecida com a Lei 12.528/2011, teve o objetivo de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período de 1946 a 1988. Por meio do campo teórico-metodológico da História do Tempo Presente foi possível analisar os temas elencados para apontar as feridas ainda abertas na história e memória nacional. (shrink)

Com referência na perspectiva marxista-gramsciana, o estudo que ora se apresenta pretende analisar as repercussões das estratégias organizativas da classe trabalhadora na construção de uma nova hegemonia na sociedade brasileira. Para isso, tomaremos como base as experiências vigentes, desenvolvidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra/MST. Vale ressaltar que partiremos do ponto de vista das contradições, não apenas dessas estratégias, mas da própria sociedade capitalista.

o presente trabalho deseja mobilizar o pensamento de Albert Camus como forma de contribuir para o debate contemporâneo sobre o Antropoceno. Popularizado nas últimas décadas, o termo, além de significar a proposta de uma nova época geológica da Terra em razão da ação humana no planeta, costuma também ser utilizado para se referir à crise ambiental em curso. Será mirando mais neste segundo sentido do Antropoceno que mobilizaremos o pensamento camusiano aqui. Apesar de o tema da crise ambiental não (...) ocupar uma posição central no debate público da época de Camus (no tempo do autor, o termo Antropoceno sequer havia sido ventilado), o filósofo demonstra uma notável sensibilidade sobre, por exemplo, a relação homem-natureza. Trata-se de uma sensibilidade que não se prende ao contexto de vida do autor, mas que, segundo acreditamos, é capaz de contribuir para o debate contemporâneo sobre o Antropoceno. Pensador de contextos extremos e crítico da racionalidade antropocêntrica (bem como de suas consequências deletérias para a natureza), Camus oferece uma perspectiva alternativa para pensarmos a relação homem-natureza. Nesse sentido, ao invés de posicionar os humanos acima e/ou separados da natureza, ao invés da tradicional separação dualista natureza/cultura, o autor propõe, conforme argumentamos, participação. Disso decorre uma ética, que, ao mesmo tempo, reconhece e valoriza o elo indissociável entre os humanos e a natureza; um tipo de ética, segundo pensamos, precisamente valiosa para um tempo de incertezas ambientais. (shrink)

A partir da instituição da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), em 2010, no Brasil e da recomendação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a incorporação de temas como educação para o consumo, educação financeira e educação fiscal, não de forma transversal e inclusiva, o estado do Paraná incorporou o componente curricular de Educação Financeira, em 2021, para cada série do Ensino Médio de todas as escolas da rede pública de ensino estadual, incluindo escolas localizadas em áreas de Reforma (...) Agrária.Este artigo tem por objetivo apresentar e analisar as potencialidades de uma proposta de abordagem marxista para o componente curricular da Educação Financeira, em particular, com a temática do lucro, desenvolvida no curso da 1ª série do Ensino Médio, em uma escola campo localizado na área de assentamento da Reforma Agrária, considerando as orientações pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado do Paraná do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com base no materialismo histórico-dialético, esta pesquisa percorre três etapas: primeiro, a elaboração de uma proposta, considerando as diretrizes pedagógicas do MST; segundo, aplicação da proposta; e, em terceiro lugar, analisar dois resultados.A produção de dois dados da pesquisa foi realizada por meio de gravação de áudio das aulas, com posterior transcrição. As aulas serão organizadas de forma expositivo-diáloga, com questões norteadoras para o desenvolvimento de dois conceitos, de modo que os alunos apresentem suas concepções sobre os temas abordados e o professor se posicione como mediador no processo investigativo. Neste artigo, a análise está centrada apenas em uma sala de aula, na qual os objetos de conhecimento abordados são: origem do lucro e relação entre lucro e trabalho.Concluiu-se que a aplicação da proposta possibilitou a alguns distinguir aparência e essência do tema abordado, na medida em que superaram a visão inicial que apresentavam de que o lucro advém necessariamente do capital comercial, por entender que ele era trabalho aconselhado ou produtivo. Dessa forma, podemos compreender a origem do lucro através de uma perspectiva histórica e, principalmente, perceber a contradição entre lucro e trabalho. Na medida em que ultrapassaram a visão inicial que apresentavam de que o lucro resulta necessariamente do capital comercial, deixando de compreender que ele provém do trabalho produtivo. Dessa forma, podemos compreender a origem do lucro através de uma perspectiva histórica e, principalmente, perceber a contradição entre lucro e trabalho.Na medida em que ultrapassaram a visão inicial que apresentavam de que o lucro resulta necessariamente do capital comercial, deixando de compreender que ele provém do trabalho produtivo. Dessa forma, podemos compreender a origem do lucro através de uma perspectiva histórica e, principalmente, perceber a contradição entre lucro e trabalho. (shrink)

The contribution of Jesuits to the different fields of knowledge, including philosophy, is historically well known. In fact, since the foundation of the Society of Jesus, in the 16th century, Jesuits from different generations and cultures have taken part in the philosophical debates of their time and their different contexts. Since the foundation of the Society of Jesus, in 1540, the Jesuits, individually and as a body, have engaged in a fruitful dialogue between the Christian tradition and different dimensions of (...) human culture. During almost five centuries, numerous Jesuits taught philosophy in academic institutions all over the world. Some of them have their names recorded in the history of philosophy. Of course, the majority of them is not anymore remembered, despite their valuable contribution to the development of the Jesuit intellectual tradition up to our times. In fact, as an heir of the Roman College, the first academic institution founded by the Society of Jesus, in 1551, the Pontifical Gregorian University, in Rome, is a witness to this tradition, which has been kept alive thanks to the discrete work of both Jesuits and lay intellectuals. Known as the University of the Nations, this institution corroborates not only the capacity of the Jesuit tradition to put faith in dialogue with reason, but also the option to take the concrete reality of each human culture and its historical context as its point of departure. The Jesuits’ willingness to engage in dialogue with different intellectual perspectives is underpinned by one of the most defining traits of the Jesuit charism, namely, the conviction that God can be found and served in all things. Accordingly, Jesuits have adopted, from the beginning, an amenable stance towards the world with its different cultures and intellectual trends. As such, Jesuits have, since the beginning, inhabited the frontiers of human thought. According to the contemporary philosopher Paul Gilbert, SJ, within the institutions under the leadership of the Society of Jesus, it was always possible to maintain an equilibrium between two principles: “intellectual unity” and “openness to the world.” Without detriment to the Jesuit identity, the companions of Ignatius have been willing to dwell in the various dimensions of human reality, in their multiplicity and plurality. Either in the renewal of Aristotle’s and Aquinas’ metaphysics, or in the dialogue with modern philosophers such as Descartes, Kant, or Hegel, and even in the inculturation in non-European contexts, the Jesuits have been able to preserve the Christian tradition through an original development of human culture in all its richness and diversity. With respect to the last century, it has to be acknowledged that a significant number of Jesuits made significant contributions, with recognized competence, to philosophy. Certainly, the 20th century was particularly complex in many respects. It would be enough to recall that this period, which brought with it unprecedented social, scientific, and technological developments, was also the stage for the two World Wars. With the emergence or consolidation of philosophical currents such as Marxism, Phenomenology, Existentialism, Structuralism, and Post-Modernism, the past century was, without any doubt, fascinating from the intellectual point of view. Jesuits such as Karl Rahner, Frederick Copleston, Bernard Lonergan, William Norris Clarke, John F. Kavanaugh, Teilhard de Chardin, Gaston Fessard, Jean Daniélou, Henri de Lubac, Michel de Certeau, Xavier Tilliette, Paul Valadier, Paweł Siwek, Ignacio Ellacuría, Francisco Taborda, Henrique de Lima Vaz and, in the Portuguese context, Diamantino Martins or Júlio Fragata, among many others, were able to engage different philosophical currents, problems and controversies of their times. Faithful to their long tradition of being present in the frontiers of thought, those Jesuits have engaged in a fruitful dialogue with these intellectual trends, offering relevant contributions to different ongoing debates. Within this context, the present volume recalls and discusses the philosophical contribution of some of the most prominent Jesuit protagonists of the intellectual interchange that took place in the 20th century. This volume also intends to celebrate the 75th anniversary of the Revista Portuguesa de Filosofia, which happens just before the inauguration of the Ignatian Year. Decreed by Father Arturo Sosa, the Superior General of the Society of Jesus, this celebratory Year will start on May 20, 2021, precisely 500 years after Ignatius of Loyola, the founder of the Jesuit Order, was wounded at the battle of Pamplona. We are happy that this volume could bring together outstanding specialists in the thought of some of the most prominent Jesuits philosophers of the last century, namely Paul Valadier, Paul Gilbert, Józef Bremer, Jacek Poznański, Alexander Maar, Patrick H. Byrne, M. Ross Romero, Carlos Alvarez, Hélio Pereira Lima, José Gama, Domingos Terra, Gabriel Flynn, Marie-Gabrielle Lemaire, José Sols Lucia, Lorena Zuchel Lovera, Pedro Pablo Achondo Moya, Enzo Solari, Massimo Borghesi, Mendo Castro Henriques, João Barbosa, and Dominique Lambert. In addition, in the celebration of the 100th anniversary of Júlio Fragata’s birth, Maria Teresa Fragata presents a memory of his life and thought. We hope that this volume may be useful to all those interested in the Jesuit philosophical tradition. Hopefully, it will stimulate scholars to pursue a fruitful and creative dialogue with contemporary philosophy, in the footsteps of the Jesuit philosophers featured here. We would like to thank all the authors and all those who, in different ways, made this volume possible. (shrink)

Este artículo reseña: Leigh A. PAYNE, Gabriel PEREIRA y Laura BERNAL-BERMÚDEZ, Justicia transicional y rendición de cuentas de actores económicos, desde abajo: desplegando la palanca de Arquímedes, Dejusticia, Bogotá, 2021, 486 pp.

Sociologists often ask why particular groups of people have the moral views that they do. I argue that sociology’s empirical research on morality relies, implicitly or explicitly, on unsophisticated and even obsolete ethical theories, and thus is based on inadequate conceptions of the ontology, epistemology, and semantics of morality. In this article I address the two main problems in the sociology of morality: (1) the problem of moral truth, and (2) the problem of value freedom. I identify two ideal–typical approaches. (...) While the Weberian paradigm rejects the concept of moral truth, the Durkheimian paradigm accepts it. By contrast, I argue that sociology should be metaphysically agnostic, yet in practice it should proceed as though there were no moral truths. The Weberians claim that the sociology of morality can and should be value free; the Durkheimians claim that it cannot and it should not. My argument is that, while it is true that factual statements presuppose value judgments, it does not follow that sociologists are moral philosophers in disguise. Finally, I contend that in order for sociology to improve its understanding of morality, better conceptual, epistemological, and methodological foundations are needed. (shrink)

Jesu li stvari ovog svijeta nešto što je dano samoj misli? Jesu li stvari tako mišljene da budu spoznatljive, da budu objektivne manifestacije transcendentalno uvjetovanih moći? Zapadna filozofska tradicija prema Francoisu Laruellu pretpostavlja tu transcendentalnu konstituciju realnog. To je pretpostavka koja uzdiže samu filozofiju kao označenu primateljicu transcendentalnog dara. U našem članku o Laruellovom projektu želimo pokazati kako ta pretpostavka kontrolira čak i prividno radikalne kritike filozofske tradicije koje su se umnožile kao posljedice Nietzscheovog i Heideggerovog mišljenja. Zato učinkovita kritika (...) filozofije mora biti ne-filozofska. Ona prema Laruellu mora dokinuti pretpostavke da je drugotnost dana da bi bila spoznata, kao što mora dokinuti pretpostavku kako sama misao ima fundamentalno drugačiju strukturu. Ne-filozofija počinje ne sa razlikom, ne sa subjektom i objektom, nego sa pozicioniranjem Jednog. Od te početne aksiomatske točke, ne-filozofija uzima kao vlastitu materijalnu filozofiju ponovno mišljenje u odnosu na Jedno. Ne-filozofski projekt ne započinje kao što to čini postmoderna filozofija s naviještanjem kraja filozofije. On uzima filozofiju kao prigodu da postavi pitanje drugačije vrste mišljenja – onog koji, umjesto da se diferencirajći odnosi prema svijetu koji pretpostavlja, potvrđuje kako je ultimativno u tijelu s Jednim kojeg nikad ne možemo znati. (shrink)

Hilduin, traducteur de Denys -- Hilduin, traducteur de Denys : édition de sa traduction.

Fredric Jameson, Postmodernism or the Cultural Logic of Late Capitalism Duke University Press, 1991.

This article is concerned with social and interactional processes that simplify pragmatic acts of intention attribution. The empirical focus is a series of interactions among DeafBlind people in Seattle, Washington, where pointing signs are used to individuate objects of reference in the im-mediate environment. Most members of this community are born deaf and slowly become blind. They come to Seattle using Visual American Sign Language, which has emerged and developed in a field organized around visual modes of access. However, as (...) vision deteriorates, links be-tween deictic signs and the present, remembered, or imagined environment erode in idiosyncratic ways across the community of language-users, and it becomes increasingly difficult for partici-pants to converge on objects of reference. In the past, DeafBlind people have addressed this problem by relying on sighted interpreters. Under the influence of the recent “pro-tactile” movement, they have turned instead to one another to find new solutions to their referential prob-lems. Drawing on analyses of 120 hours of videorecorded interaction and language-use, detailed fieldnotes collected during twelve months of sustained anthropological fieldwork, and more than 15 years of involvement in this community in a range of capacities, I show how DeafBlind peo-ple are generating new and reciprocal modes of access to their environment, and how this pro-cess is aligning language with context in novel ways. I propose two mechanisms that can account for this process: deictic integration and embedding in the social field. I argue that together, these interactional and social mechanisms yield a deictic system set to retrieve a restricted range of values from the extra-linguistic context, thereby attenuating the cognitive demands of intention-attribution and narrowing the gap between DeafBlind minds. (shrink)

Cet ouvrage est une réédition numérique d’un livre paru au XXe siècle, désormais indisponible dans son format d’origine.

A mística é um fenômeno presente em quase todas as grandes religiõesdo mundo. No cristianismo, esta manifestação pode ser notada já nos textosSagrados do Novo Testamento: desde os relatos que envolveram os eventos da vidade Jesus às visões escatológicas de João no livro do Apocalipse. Posteriormente,podemos en contrar registros de misticidade no grande movimento dos Pais da Igrejaconhecido como Patrística, se estendendo por toda Idade Média, até alcançar osdias de hoje. Todavia, alguns pesquisadores da antiguidade tardia, procuraramenquadrar o grande nome (...) da Patrística, Santo Agostinho, como o pai da místicacatólica. Outrossim, Agostinho é sumamente conhecido como um grande teólogo,filósofo ou mesmo como um gênio intelectual platônico cristão investigador daVerdade; sendo, porém, bastante diminuto, o número de pesquisadores que sepropõe a verificar se, de fato, há ou não razões, para que ele seja contado entre osgrandes místicos da Igreja. O presente ensaio traz à tona esta polêmica discussão,com o intuito de elucidar o problema que ora se levanta: podemo s considerar SantoAgostinho um místico ou apenas um grande nome da filosofia/teologia cristã? Istoposto, para responder a referida questão problema, nos propomos investigar osprincipais acontecimentos da vida de Agostinho, bem como, os principais textos desua obra, a fim de comprovar algum resquício de misticidade, seja em sua vida oumesmo em suas investigações acerca da Verdade. (shrink)